8.12.14

O lado negro dos circos


Este é daqueles comentários que, confesso, não tinha planeado elaborar. No entanto, e já depois de estar a escassos centímetros do belo animal que vêm na foto, senti que fazia todo o sentido abordar também esta questão no azinheiragate. 
Estar em frente a um animal como este e ver no seu olhar o desespero e o stress de estar enjaulado, é algo que mexe com quem tem sensibilidade para um tema tão importante como é o a vida selvagem.
Já deixei de ir ao circo há mais de duas décadas, pois nunca achei graça ver animais como este enjaulados e presos toda uma vida só para que alguém se possa divertir com o sofrimento alheio. Obviamente que não condeno a utilização de todos os animais nos circos, pois afinal há alguns que se enquadram, caso do nosso fiel amigo, o cão, ou mesmo o gato. Estes dois são animais que nos acompanham há muitos anos, sem que para isso precisem de estar enjaulados e de sofrer. Cães e gatos vivem connosco, portanto não vejo problema algum em vê-los num circo, desde que devidamente bem tratados e respeitados, tal como qualquer um de nós faz ao seu cão ou gato.
Condeno sim a utilização de animais como o tigre, leão, rinoceronte ou similares. O lugar destes animais não é numa jaula! Parece-me que em poucos anos esta infeliz prática irá inevitavelmente acabar.
Querem ver vida selvagem? Simples, usufruam a Natureza no seu melhor, que irão ver todo o tipo de animais a fazer as coisas mais belas que já viram. Querem realmente ver leões, tigres e afins? Simples, embarquem num safari devidamente certificado, que respeite a vida selvagem e as populações do país em causa.
Se nós próprios somos capazes de fazer tanta coisa extraordinária, porque é que havemos de recorrer ao sofrimento de animais tão extraordinários como o da foto?
Circo sim, mas sem palhaçadas. Palhaços, trapezistas e acrobatas são apenas alguns exemplos de como podemos trazer excelência à arte circense. O Chapitô é uma das boas escolas, de onde sai precisamente a excelência que pode ser trazida aos circos e a outros espaços.
Da próxima vez que o circo chegar à vossa terra, pensem bem naqueles animais enjaulados...

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