As últimas semanas foram complicadas, já que são muitas as ameaças que pairam sobre este belo insecto, do qual a humanidade depende em parte (para não dizer totalmente...). Ataques ferozes feitos por grandes multinacionais, que têm tentado impor a todo o custo a venda de pesticidas que matam, em larga escala, abelhas. É notório que tem sido aproveitado pelo lóbi dos pesticidas o facto da maioria das pessoas não dar o devido valor a este polinizador, para forçar a ilógica da pesticidação criminosa, a qual tem levado a um preocupante declínio das abelhas.
A maior parte das pessoas, quando se fala em abelhas, lembra-se em primeiro lugar do seu ferrão, estereótipo cultivado desde sempre. Poucos são os que sabem o real valor não só das abelhas, bem como da crucial polinização.
Uma das pessoas que mais teria responsabilidade nesta questão, caso de Assunção Cristas, votou, por Portugal, contra a proposta de proibição dos pesticidas que causam grande mortandade, algo que me envergonha, pois mais do que ninguém, esta responsável política devia dar o exemplo pela positiva, e não pela negativa...
Centrando agora a questão na região de Sicó, e em termos de números, não sei como as coisas estão, contudo, e falando apenas em percepção, noto que as abelhas estão em baixa, possivelmente derivado de cada vez menos pessoas terem as suas colmeias, seja para produção própria, seja para venda. Vejo muito menos colmeias do que na década de 90. Não compreendo isto, já que afinal de contas estamos numa região pródiga, onde a biodiversidade é notável e onde as aromáticas reinam.
Este é mais um vector de desenvolvimento regional que não está a ser tomado em conta por privados e entidades públicas, algo que lamento. Não há uma política pública que favoreça a apicultura.
Veio-me agora à memória algo que vi na Eslovénia, ou seja um camião cheio de colmeias que era estrategicamente posicionado nos campos, de forma a potenciar a polinização. Depois de algum tempo em determinado local, era mudado para as abelhas continuarem a sua tarefa importantíssima, à qual damos pouca ou nenhuma atenção. Porque não se pensa nisto na região de Sicó? Todos ficam a ganhar!
Se alguém ligado à apicultura, na região de Sicó, que leia este comentário, tenha factos concretos a acrescentar, terei todo o gosto em voltar a abordar brevemente esta questão, pois seria importante fazer um "RX" a esta questão. Para já, este comentário é apenas introdutório, pois voltarei a abordar a questão, mas de uma forma mais concreta.
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