28.3.10

Vândalos TT na região de Sicó

Fiquei visivelmente furioso quando olhei para trás e vi aquele cenário. Andava eu a georeferenciar lixeiras para o Limpar Portugal num estradão florestal que segue entre o Monte de Vez e a Atianha e foi um momento constrangedor.
Um dos últimos locais virgens da acção nefasta de vândalos do Todo o Terreno (TT) deixava de o ser. Apesar de haver pessoas de bem no TT, são poucas as que realmente se importam em cumprir regras e respeitar o património. Além de um crime grave, esta triste brincadeira de um bando de parvónios que não sabem divertir-se, é mesmo um momento triste, pois era realmente um local idílico.
Este triste episódio passou-se na vertente Norte da Serra (colina) da Atianha, um local que é de uma beleza indescritível!
Desculpem as palavras fortes, mas há momentos que temos de ser duros com aqueles que não têm respeito pela região e que não se sabem comportar.
Há outros locais onde já vi este triste cenário, caso de algumas colinas dolomíticas situadas entre Ansião e Penela. São também, ou pelo menos eram também locais idílicos, mas um bando de miúdos grandes que não se sabe divertir, fez questão em rasgar estas colinas com os seus jipes.
É possível termos roteiros TT na região de Sicó sem que para isso se prejudique gravemente a região. Em 2008 propûs isso mesmo num trabalho académico que desenvolvi aqui na região de Sicó, conjugando duas coisas que aparentemente não são compatíveis.
Não me vou alongar mais, queria apenas referir que caso vejam alguma vez ignorantes a fazer coisas tristes como as que a foto retrata, denunciem isso às autoridades, já que na maior parte dos casos é crime!

24.3.10

Englishman in Sicó

Partindo de uma conhecida música de um conhecido cantor, decidi dar um título algo diferente do normal no azinheiragate. Isto tudo para comentar um fenómeno que nos últimos anos tem começado a ter um impacto bem visível na região de Sicó, nomeadamente na reconstrução de muita da edificação tradicional.
Ao início eram alguns aventureiros que chegavam vindos da terra de Sua Majestade, ou então da terra das tulipas. Eram vistos como pessoas diferentes e estranhas numa região pacata, por vezes eram confundidas com pessoal que andava metido em maus caminhos e vinha para esta região em busca de anonimato.
Os anos passaram e já são centenas de estrangeiros que fazem da região de Sicó a sua região, recuperam casas, muitas vezes mantendo a sua traça original. Acima de tudo mostram aos locais como afinal se faz, ou pelo menos como muitos deles deveriam fazer, dando mais atenção às potencialidades desta região que alguns ainda continuam a ignorar, pelo menos aparentemente, já que alguns locais há que fazem isto porque têm negócios que correm melhor enquanto nós formos um bocado "ignorantes".
Hoje em dia o preço de algumas ruínas é escandaloso derivado deste fenómeno, fazendo com que algumas pessoas curiosamente desistam de recuperar algumas destas ruínas. É toda uma estratégia que falhou e que faz com que haja alguma repulsa pela recuperação de muitas casas antigas, afinal é bem mais simples mandar vir uma máquina para mandar aquilo abaixo e meter betão e tijolo em vez das pedras.
Conheço alguns destes ingleses, mas nenhum holandês ou de outras nacionalidades, sei que é um nicho de negócio que ainda está por potenciar, nomeadamente em questões de geoturismo, já que nestes países as pessoas ligam a estes pequenos pormenores que poderiam fazer toda a diferença em termos económicos na região de Sicó.
Antes de decidir enveredar pelo projecto no qual trabalho agora, ainda pensei em criar o meu próprio emprego na região que me viu crescer, criando uma empresa num ramo novo, onde curiosamente não existe nenhuma do género na região de Sicó. Seria algo de inovador, mas infelizmente a triste sina da nossa região impediu-me e dificultou esta minha ideia, algo que lamento profundamente. Quem se mete no caminho de gente corrupta acaba por pagar de alguma forma...
Com este comentário quero, ou pelo menos peço, que pensem em questões "simples" como esta e compreendam porque é que já poderíamos estar 10 a 15 anos à frente e estamos ainda numa fase muito incipiente de desenvolvimento da região.
Temos um território fabuloso mas que está a ser depradado a uma velocidade estonteante. Ao mesmo tempo as potencialidades da região vão desaparecendo, será que vamos continuar a aceitar isto a não fazer nada para o reverter?

22.3.10

Limpar Portugal na região Sicó: Balanço final


Finalmente passou o dia 20 de Março! Importa agora fazer um balanço geral desta iniciativa também na região de Sicó. Apesar de não ter dados sobre todos os concelhos, gostaria de fazer uma pequena nota geral sobre a iniciativa.
Á excepção de Alvaiázere, município onde a respectiva Câmara Municipal não quis participar nesta iniciativa (mas onde o Rancho Folclórico da Freguesia de Pussos participou enquanto entidade), todas as Câmaras Municipais da região de Sicó apoiaram esta iniciativa, facto a destacar pela positiva.
Falando agora no concelho onde estive enquanto coordenador, gostaria de dar-vos os números do dia 20 de Março. Antes disso, importa referir que o dia começou bastante chuvoso, algo que ameaçou esta iniciativa, mas após as 11 horas da manhã tudo começou a correr bem.
Foram cerca de 140 participantes, algo que mostra que mesmo chovendo as pessoas compareceram em força. Foram cerca de 11 toneladas de resíduos entregues no ecocentro do Camporês, 12 toneladas de pneus entregues numa empresa de pneus que os irá reencaminhar para a reciclagem, bem como 300 kg de pára-choques que irão ser reciclados.
A juntar a isto resta acrescentar que ainda estão armazenados em bigbags, em duas freguesias do concelho, resíduos que não conseguimos encaminhar a tempo.
Resumindo, retirámos cerca de 26 a 27 toneladas de resíduos, onde cerca de 70% serão enviados directamente para a reciclagem, algo que me apraz de sobremaneira.
Destaco agora as entidades que em Ansião participaram nesta iniciativa:
- Bombeiros Voluntários de Ansião
- Câmara Municipal de Ansião
- Junta de Freguesia de Santiago da Guarda
- Tagpneus
- Agrupamento de Escuteiros 9064 - Chão de Couce
- Saint Gobain Webber Portugal S.A. - Centro de Produção de Avelar
- Junta de Freguesia de Torre de Vale de Todos
- Junta de Freguesia do Alvorge
- Junta de Freguesia da Lagarteira
- APFCA - Associação de Produtores Florestais do Concelho de Ansião
- Elimur - Sociedade de Construções Lda
- Linhambiente SA - Empresa de Gestão de Residuos, Gestão e Eliminação de Arquivos, Limpezas Industriais, Consultoria, Reciclagem de Papel e cartão, plásticos e Sucata
- Junta de Freguesia de Pousaflores.
Há ainda outras entidades que farei nota no local indicado para o efeito, agradecendo a todas elas a ajuda.
Para finalizar, gostaria de destacar pela negativa:
- A chuva, que não ajudou da parte da manhã e que molhou muitos dos jovens participantes.
- A não participação da Junta de Freguesia de Chão de Couce, freguesia mais poluída do concelho de Ansião.
- A recusa da Junta de Freguesia de Ansião em participar nesta iniciativa.
- A tentativa de "golpe de teatro" por parte do presidente da Junta do Avelar, que na noite anterior, e já depois de estar tudo acordado, tentou impor as suas regras ao Limpar Portugal e politizar esta iniciativa, algo de lamentável e que demonstra apenas uma grande falta de carácter.
Caso vocês tenham dados concretos dos outros concelhos da região de Sicó, façam o favor de me transmitir os mesmos.
Apesar de exausto, sinto o dever cumprido nesta missão, esperando que isto seja apenas o início do Limpar Portugal e não o seu fim...


18.3.10

Fotografia e direitos de autor: usurpação de um direito básico


É uma sensação algo estranha, em primeiro lugar porque mostra que o meu gosto pela fotografia, enquanto amador é reconhecido de alguma forma, mas infelizmente também tem o reverso da medalha, a usurpação dos direitos de autor.
Não me vou centrar sobre a questão legal desta grave ilegalidade, isso é algo que facilmente podem procurar na internet, vou sim comentar o que considero uma falta de respeito pela minha pessoa, tendo em conta que não fui contactado pela Câmara Municipal de Alvaiázere com vista à autorização de publicação de uma fotografia minha, sobre a qual tenho direitos.
Confesso que o que me chocou não foi a foto ser publicada em si, mas o facto de não constar o nome do fotógrafo, ou seja eu.
Apesar de a foto já ter sido disponibilizada à uns dias no site da Câmara Municipal de Alvaiázere, preferi ponderar o facto durante alguns dias até manifestar a minha opinião, já que sinto-me ofendido enquanto fotógrafo amador e enquanto cidadão, afinal foi uma entidade pública a promover uma ilegalidade, resta saber como ocorreram os factos.
Podem pensar alguns que não é nada de especial, mas direitos são direitos e eu não prescindo deles. Apesar de ter imensa consideração sobre a Câmara Municipal de Alvaiázere, não deixarei de pedir esclarecimentos sobre este caso, pois se fosse outra pessoa provavelmente iria processar esta entidade pública. Penso que esta última solução não levaria a lado nenhum, mas caso situação semelhante volte a ocorrer, aí terei de seguir as vias legais devidamente instituídas para situações como esta. Para já vou apenas pedir explicações.
Só como curiosidade, esta fotografia indevidamente utilizada pela Câmara Municipal de Alvaiázere para promover um percurso pedestre, foi tirada por mim no dia 4 de Fevereiro de 2007, em pleno trabalho de campo (para fins académicos).
Coincidência ou não, acabei esta semana um curso de fotografia. Quem me conhece sabe que é uma das minhas paixões já há alguns anos, tendo eu já uma colecção de muitos milhares de fotografias. Gosto acima de tudo de fotografar o nosso património, natural ou não.
Deixo-vos com a foto original, devidamente identificada:

15.3.10

Congresso para jovens estudantes e professores

Mais uma vez volto à carga com a temática associada à educação ambiental. Desta vez destaco um congresso que pode interessar a algumas escolas da região de Sicó (além de outras, obviamente).
Apesar de ser um evento algo longe para muitos, algo que pode limitar a participação de algumas escolas, nunca é demais divulgar na esperança que haja professores e alunos que queiram ir a um evento diferente e num lugar diferente do costume. Não nos devemos restringir a eventos organizados apenas na região de Sicó, mas sim ir a outros locais do nosso país e mesmo ao estrangeiro, algo que já aconteceu com algumas escolas em algumas ocasiões.
Se há algo que tenho a certeza e a experiência é de que indo para fora podemos aprender muito e reverter esse conhecimento em prol da nossa região, neste caso da região de Sicó.
Deixo-vos com a informação essencial e caso decidam ir a este evento depois digam-me, já que também irei estar por lá:

I Encontro A TERRA E A ESCOLA

12 e 13 de JULHO 2010; UNIVERSIDADE DO MINHO; Braga

No âmbito do VIII Congresso Nacional de Geologia 2010, o Departamento de Ciências da Terra da Universidade do Minho irá realizar o I Encontro A TERRA E A ESCOLA, que decorrerá nos dias 12 e 13 de Julho de 2010. Este evento, destinado a alunos e a professores do ensino secundário, pretende incentivar os alunos a apresentarem trabalhos científicos e promover o desenvolvimento de competências ao nível dos conhecimentos, bem como das capacidades e atitudes.
O I Encontro A TERRA E A ESCOLA será constituído por sessões científicas, divididas por áreas temáticas, com comunicações orais, em poster e conferências plenárias. Está ainda prevista uma saída de campo.
Em plena Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005–2014), esta acção, revestida de reconhecido interesse pedagógico e didáctico, visa sensibilizar os nossos jovens para a importância do conhecimento geológico e o seu papel na sociedade, fomentando atitudes que contribuam para a sustentabilidade no planeta Terra, através da partilha de ideias e experiências entre estudantes, professores e investigadores.
Assim, a organização do I Encontro A TERRA E A ESCOLA vem, por este meio, convidar alunos e professores da Escola a participar no referido Encontro, solicitando a divulgação do evento e respectivo apoio ao incentivo à participação dos alunos que, em conjunto com os respectivos professores, terão a possibilidade de apresentar trabalhos, cujos resumos serão publicados no livro de actas do encontro.
A circular do I Encontro A TERRA E A ESCOLA e informação mais pormenorizada está disponível na página web do evento (www.dct.uminho.pt/cng2010 ).
Esperamos desde já que os alunos da vossa Escola se destaquem pela sua participação.
Com os melhores cumprimentos,
A Organização do I Encontro A TERRA E A ESCOLA

DATAS IMPORTANTES (provisórias)
26 de Março de 2010 (sujeito a adiamento): data limite para envio de resumos.
21 de Maio de 2010: data limite para comunicação da aceitação dos resumos.
30 de Junho de 2010: data limite para inscrição no I Encontro A TERRA E A ESCOLA.
12 e 13 de Julho de 2010: I Encontro A TERRA E A ESCOLA.

11.3.10

Ler é saber!


Mais uma vez dou uma achega a mais uma questão que considero muito importante, a leitura. Seja livros mais técnicos ou menos técnicos, a leitura destes reveste-se de primordial importância para quem pretende estar minimamente bem informado sobre muitas questões essenciais.
É por estas e por outras que invisto pessoalmente e financeiramente nesta questão, actualmente a minha biblioteca pessoal já ultrapassa a centena de livros, de entre os quais estes que vos apresento. Ainda não me dei ao trabalho de ver quanto gastei, mas não penso nisso, já que o livro é um investimento e não um gasto.
Todos os livros, de uma forma ou de outra podem contribuir para que as vossas opiniões sejam mais sustentadas e isso terá no futuro resultados que concerteza irão gostar. Infelizmente por vezes cultiva-se a não informação, já que cidadãos pouco informados são facilmente manipuláveis pelo poder económico, facto que acontece em maior escala no concelho de Alvaiázere, caso mais grave da região de Sicó.
O primeiro livro que vêm é de simples leitura, aconselhando-o eu a todos aqueles que gostam de turismo ou do outdoor. Foi elaborado por um profissional que sabe realmente o que faz e é reconhecido internacionalmente, tendo inclusivé falado num recente debate na RTP.
O segundo livro aborda a questão da energia de uma forma extraordinária, leva-nos numa viagem pelos vários tipos de energias e é realmente um livro obrigatório.




Não me vou alongar demasiado sobre a descrição destes livros, prefiro que vocês os leiam, caso tenham possibilidade, pois não nos devemos levar demasiado por "fazedores de opinião". Espero que não se esqueçam que alguns destes exemplares encontram-se em lugares fantásticos, caso das bibliotecas, locais já esquecidos por muitos de vós.
São livros diferentes uns dos outros, todos eles bons livros. Talvez o que mais me surpreendeu foi o próximo, já que foi escrito por um psicólogo, algo que não é muito comum neste género de livros. Posso dizer que é simplesmente brilhante. Tem um início algo complexo, mas depois de se entrar na história é absolutamente fantástico.





Não custa nada investir algumas horas por semana na leitura, lembrem-se que muitas pessoas que dizem que não têm tempo para ler já o têm para passar horas e horas no café a fazer o tempo passar. Se lerem uns livritos de vez em quando irão ver que é um bom passatempo, muito últil e que vos pode permitir levar a vida com mais calma, ajudando a estruturar o vosso raciocínio...

8.3.10

Plantas invasoras na região de Sicó


É sem dúvida alguma uma das maiores ameaças ao nosso património biológico, as plantas invasoras, mas será que esta é uma ameaça reconhecida pelas entidades da região?
Sinceramente e falando em termos práticos não, pouco ou nada se fala sobre este grande problema e ainda menos se faz para mitigar uma invasão que começou já há algum tempo, tendo avançado sem que muitos se tenham apercebido.
Uma das plantas invasoras mais conhecidas e por isso mais fáceis de falar para ilustrar este problema são as mimosas, amarelinhas nesta altura, mas terríveis na sua acção nos ecossistemas.
Para quem não conhece, existe um site próprio que aconselho vivamente:


Através deste site podem ver o que são as plantas invasoras, o problema que elas representam em tudo aquilo que afinal é necessário fazer para mitigar o problema. Muitas vezes acontece que muitas pessoas vão aos mercados e compram plantas invasoras sem sequer saber, mesmo que os vendedores comercializem ilegalmente as espécies invasoras, algo que só acontece por falta de informação e fiscalização.
Numa região onde a biodiversidade é um dos ícones, mesmo que pouco trabalhado, este problema (espécies invasoras) assume-se cada vez mais como uma luta de todos nós. Por esta altura poucos sabem o que pode significar uma invasão de espécies invasoras e todos os impactos associados, algo que é precisamente o reflexo da falta de informação.

No Ano Internacional da Biodiversidade importa trazer este tema à agenda para que em pouco tempo a sociedade da região de Sicó se comece a mobilizar para este drama. Quanto mais tarde acordarmos para o problema pior irá ser...
Confesso que esta questão não é propriamente apelativa para muitos de vós, mas isso não deverá ser um entrave para que se faça algo que vise a reversão do problema.
Lembro-me bem, no tempo da licenciatura, da chatice que era saber os nomes das plantas, não o nome pelo qual conhecemos muitas espécies, mas sim o nome científico. Mas isso nunca me impediu de tentar aprender mais sobre questões associadas às plantas, nomeadamente plantas invasoras.

Foi em 2008 que tive a oportunidade de aprender muito sobre plantas invasoras, foi no 5º Campo de Trabalho Científico (CTC) sobre “Controlo de Espécies Vegetais Invasoras”, Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor (APPSA), 15 a 20 de Março de 2008. Foi uma semana bem interessante (e intensa) onde um grupo de jovens como eu aprendeu a lidar com esta questão.
Penso que é altura de na região de Sicó se pensar em acções deste género, já que basta uma volta atenta pela região para ver alguns focos de plantas invasoras bastante preocupantes.
Desculpem o texto hoje não estar tão inspirado, mas é um tema muito complexo e além disso ando um bocado cansado com o trabalho associado ao Limpar Portugal (em Ansião está a correr muito bem!) e também com o meu trabalho propriamente dito (isto de passar o dia a trabalhar num computador deixa-nos em baixo, venha o trabalho de campo!).

4.3.10

Etnografia em destaque na região de Sicó


Não poderia deixar de passar em branco uma nota sobre um colóquio que considero importantíssimo, o qual irá destacar não só o associativismo bem como uma das nossas principais riquezas regionais, a nossa etnografia.
Este evento é uma feliz ideia do Rancho Folclórico da Freguesia de Pussos (Alvaiázere) e decorre de um trabalho muito valoroso que esta associação tem tido ao longo dos últimos anos, mesmo que estando num território hostil. A sua presidente tem bom gosto é uma pessoa que sabe bem do valor deste património intergeracional, o qual tem vindo a ser sufocado por modas recentes, muitas vezes snobistas.
A associação do Rancho Folclórico da Freguesia de Pussos com o INATEL penso que irá resultar num excelente evento. Infelizmente não poderei ir, já que estou completamente absorvido por tarefas logísticas do Limpar Portugal, mas conhecendo as pessoas sei que será concerteza um evento a não perder.
O Rancho Folclórico da Freguesia de Pussos tem um extenso património que em pouco tempo espero que dê à região um museu etnográfico de excelência, tudo através do seu mérito e com um único objectivo, valorizar o nosso património. É assim que se trabalha, com amor à região e sem interesses pessoais associados!

1.3.10

Lançamento de Rede Social na comemoração dos 2 anos do Azinheiragate

O abate das azinheiras em Alvaiázere, ocorrido em Novembro de 2007, foi o mote para a criação do Azinheiragate. Dois anos após o lançamento do Azinheiragate, este blog tem uma abrangência regional, não se limitando apenas a falar sobre Alvaiázere, muito pelo contrário, ampliou a sua acção à região de Sicó.
Por isso mesmo, pelo facto de ser necessário fazer surgir um espaço que substitua de alguma forma o Azinheiragate numa acção mais particular sobre Alvaiázere, decidi criar uma rede social dedicada a este belo concelho com o intuito de ajudar ao debate de ideias construtivas que visem ao desenvolvimento desta área em especial:
Esta rede social, além de querer contribuir para a informação e diálogo dos cidadãos, pretende também lutar contra lóbis corruptos actualmente instalados em Alvaiázere. Posso dizer, infelizmente, que a corrupção em Alvaiázere está bem e recomenda-se. Neste momento a estratégia do lóbi corrupto passa por um método de guerra silenciosa contra todos aqueles que representam ameaça à prossecução dos seus objectivos predatórios sobre este território com vista ao enriquecimento ilícito.
Como neste concelho a população é pouco letrada, tendo por isso pouco acesso à imprensa regional, faz-se um jogo de manipulação da opinião pública, tentando manter na ignorância a população, tornando-a assim muito vulnerável às suas perigosas acções.
Assim sendo o Azinheiragate é oficialmente a partir de hoje um blog regional (se é que ainda haviam dúvidas...), mesmo apesar de já ter assumido esta postura há vários meses atrás. A promessa é de na medida do possível continuar a ser abrangente nas questões que têm a ver com a região de Sicó, região esta afecta ao carso. Quebra-se assim definitivamente o selo que o Azinheiragate tinha até há alguns meses atrás, de um blog dedicado apenas a Alvaiázere.
Obviamente que têm havido algumas falhas no Azinheiragate, nomeadamente no que concerne à pouca atenção ao sector Norte da região de Sicó, mas esta é uma das falhas que aos poucos será corrigida, esperando eu o vosso feedback da vossa parte, algo que já aconteceu por várias vezes.
Tenho a perfeita noção do impacto que o Azinheiragate tem hoje em dia na região de Sicó, mas a postura será a mesma, imparcialidade e a crítica construtiva na defesa do património, natural ou construído ou mesmo imaterial, da região de Sicó. É um património riquíssimo que poucos aproveitam e que ainda menos dão valor, por mais que doa a alguns é algo que tem de ser dito.
Só para finalizar, queria dizer-vos que hoje é, para mim, um dia muito especial, pois 2 anos após ter entrado numa situação involuntária de desemprego, volto novamente ao mercado de trabalho. Foi algo que resultou de uma decisão tomada por mim há vários meses, que tem reflexo a partir de hoje, e que genéricamente tem a ver com um projecto de investigação que poderá ter um impacto muito interessante nos instrumentos de gestão territórial, para já é apenas isto que vos posso referir, não podendo abrir mais o jogo.
Desta forma podem imaginar como estou feliz da vida e ver que quando se quer algo consegue-se sempre, basta lutar muito e ter alguma paciência, no meu caso, desde que tomei a decisão que me levou a este projecto, esperei quase um ano. A espera foi longa, mas valeu a pena!