Uma das imagens de marca da região de Sicó e do próprio mediterrâneo (propriamente dito) é a bela da oliveira, os extensos olivais escondem por vezes espécimes com muitas centenas de anos, alguns já milenares. Infelizmente e mesmo sendo um recurso fantástico sob vários pontos de vista (económico por exemplo...) ainda há infelizmente quem de vez em quando quem corte alguns destes espécimes já com idade muito respeitável.
Penso que uma boa ideia seria as próprias câmaras municipais identificarem todas as oliveiras milenares (bem como outras já próximas dessa idade) tendo em vista a sua classificação a nível municipal, porque não classificar estes autênticos monumentos ao abrigo da lei de classificação dos imóveis de interesse municipal (ou leis que abarquem o património cultural), preservando-os desta forma?
Brevemente irei apresentar esta proposta a um dos municípios da região com vista à sua efectivação, felizmente ainda há alguns autarcas com bom senso e que me pedem algumas sugestões no domínio ambiental (ao contrário de Alvaiázere onde tudo o que possa ser uma ideia da minha parte é à partida negado).
Penso que este seria um bom tema para o dia da árvore, que já passou, infelizmente caímos todos os anos na mesma história, plantar árvores (o que apesar de tudo não é mau), então e afinal proteger as árvores que já existem, será que não merecem atenção?
Num dos próximos comentários irei dissertar sobre a florestação em grande escala que está a ser feita nas Serras do Casal Soeiro e da Portela, em Ansião. Para já ficam estas belas fotos de dois espécimes bem velhinhos e bonitos em dois concelhos distintos da região de Sicó.
Se calhar alguns já se interrogaram afinal para onde vão aquelas oliveiras que por vezes se vêm em cima de camiões ou ainda à espera de ser carregadas, como acontece no cruzamento do IC8 no Mogadouro/Ansião, pois bem, vão para jardins em países europeus, e não só, e são vendidas a peso de ouro (não pelos velhotes que as tinham mas sim pelos intermediários, pois os velhotes quase que dão as oliveiras.....). É o que se chama de venda ao desbarato do nosso património.
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