21.6.20

"Cantas bem, mas não me alegras"

 Fonte: Via Maria João

Tem sido uma questão bem interessante de acompanhar. O projecto de "reabilitação" do Jardim da Várzea, em Pombal. Por um lado a reacção da população ao projecto de transformação de um jardim com história e identidade numa praça, por outro lado a resposta da Câmara Municipal de Pombal a esta reacção da população. Feita a apresentação do projecto à população, descobrimos que há alterações ao projecto, de forma a supostamente acomodar as sugestões enviadas pelos cidadãos à Câmara Municipal de Pombal. Qual o resultado? Na minha opinião é a mesmíssima coisa, pois o cerne da questão é mesmo a identidade e história do jardim, as quais, mesmo com as alterações propostas ferem, degradam e poluem a identidade e a história de um jardim que, com poucos milhares de euros ficaria com a sua identidade mantida.
Seria simples de fazer. Bastaria contratar um botânico e um arquitecto paisagista e facilmente se chegaria a um resultado que respeitasse a identidade do jardim e com um orçamento muito inferior. É ridículo além de se estar a comprometer a identidade do Jardim da Várzea, gastar uma pipa de massa. É a (i)lógica do mostrar trabalho, a qual tanto património tem degradado e tanta identidade tem obliterado na ânsia de mostrar que existem e fazem coisas.
É caso para dizer, cantas bem, mas não me alegras. Resta aguardar pelos próximos episódios, já que a população, aquela que vota, não está, de todo, satisfeita com estas alterações entretanto propostas...

Fonte: CM-Pombal

Fonte: CM-Pombal

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