20.12.25

Terminar o ano com uma imagem daquelas para recordar!


Confesso que andei a patinar uns dias, já que não sabia como iria fechar mais um ano de azinheiragate. Em boa altura fez-se luz sobre a imagem perfeita, que retrata a portugalidade e ruralidade no seu melhor.  Uma imagem que bem poderia ilustrar um livro de um dos históricos da geografia portuguesa. São imagens como esta que nos fazem sorrir por bons motivos, tirando eu o chapéu a quem fez algo de tão brilhante. Não vou dizer onde é, a ver se no próximo ano vocês se aventuram a sério por esta extraordinária região, onde não faltam motivos para desfrutar do mesmo aos mais variados níveis.

 

15.12.25

Atenção que ali há vida!


É uma doutrina que os Paulos Fernandes, os Henriques Pereira dos Santos e as AGIF´s nos tentam impingir a todo o custo, queimar para depois não arder. Normal, já que de alguma forma há que manter a ideologia que os move profissionalmente e que, como, ironicamente, se costuma dizer no meio, justifica a sua "existência" profissional.
Mas a realidade que nos querem importar dos EUA, do Canadá e da Austrália, é diferente da portuguesa e do paradigma actual. E, claro, a realidade factual mostra-nos que naquele tronco bem como noutros há vida que importa preservar e que é fundamental para o solo e para a biodiversidade. 
Nas últimas semanas, e fruto de várias palestras que dei e de intervenções em eventos ambientais, tive alunos que diziam que era preciso limpar a floresta (basicamente rapar tudo...), respondendo eu com uma pergunta, a de que o que consideravam eles de "limpeza". Destaquei que havia vida naquilo que eles achavam que era importante limpar. Depois, num evento ambiental, tive de ouvir a lenga lenga do queimar para prevenir de uma representante da protecção civil e de um representante da AGIF. Não é muito difícil perceber que ambos levaram nas orelhas dos melhores do ramo ambiental. O motivo? Aquele mesmo que falei atrás, haver vida nestes troncos... Fácil de perceber, mas só para quem não vive de doutrinas.

 

11.12.25

Queimar plásticos é algo digno do homem das cavernas!


É uma triste realidade que já conhecia, mas que pensei que em pleno século XXI não tivesse tantos adeptos. Falo, claro, da queima de plásticos, pneus e afins nos quintais. Sim, acontece a uma escala muito maior do que eu pensava, mesmo apesar de ser uma prática do tipo medieval, no mau sentido. O que é que esta gente tem na cabeça?! Eu a pensar que o grau de civilidade na minha região era grande e afinal é a triste realidade que se vê em tanto quintal... Será que tenho de trocar estes textos por um "uga buga" para quem faz isto perceber que isto é grave e os prejudica?

 

7.12.25

Simbiose biomurada


Simbiose biomurada foi a expressão mais curiosa que achei para vos prender a atenção sobre esta extraordinária imagem, a qual ilustra um equilíbrio que se está a perder na nossa Sicó. Sim, por mais estranho que possa parecer a tecnocratas e iletrados no domínio ambiental, é não só possível bem como desejável este belo equilíbrio entre o tradicional muro de pedra seca e o arvoredo, neste caso a bela da oliveira. Cortar uma árvore para quê se isto é tão belo de se ver?! Cortar para quê se afinal não estorva?!
Quero mais muros de pedra seca, mais muros de pedra seca recuperados e mais árvores acompanhadas dos muros de pedra seca, sejam oliveiras, carvalhos, azinheiras, loureiros e outras autóctones!
No próximo ano irei organizar formações de construção e reconstrução de muros de pedra seca, portanto vão-se preparando para começarmos a mudar o paradigma também neste domínio!

 

4.12.25

A educação ambiental é fundamental!


Fonte imagem: Al-Baiaz

É algo que o tempo fez com que eu gostasse, ou seja o acto de comunicar. No início era, para mim, muito difícil estar nesta posição, de comunicador, já que, diga-se, é preciso algum à vontade e experiência, daí no início ser tão difícil. Mas os anos trataram de fazer com que o difícil fosse mais fácil, embora também começasse a perceber, de facto, o quanto importante é sabermos passar a mensagem e ser uma enorme responsabilidade, a posição de comunicador. Partilhar conhecimento é fundamental, daí eu dar tanta importância a esta tarefa. Já levo duas décadas como comunicador.

As últimas semanas têm sido interessantes e as próximas não serão diferentes. Primeiro tive a honra de estar na escola e sede da Al-Baiaz, para uma pequena e singela palestra sobre ciência, mais concretamente sobre património geomorfológico. Palestras como esta são para mim mais fáceis, já que o método científico nos facilita a tarefa de explicar os factos e ter um fio condutor para basear a palestra. E o público, culto no domínio patrimonial, ajudou.

Depois seguiram-se duas palestras sobre educação ambiental, mais concretamente sobre incêndios florestais e espécies autóctones. Um convite que me foi endereçado para duas palestras numa escola profissional no Norte do país, a EPATV, em Vila Verde. Porque prescindi de dois dias de trabalho e investi umas horas a preparar a apresentação? Simples, porque é determinante educar os mais novos para estas temáticas. E há poucos comunicadores em Portugal! Estas palestras são mais difíceis, já que são sempre públicos diferenciados (há diferenças substanciais entre turmas, entre escolas, entre regiões do país...) e isso traz dificuldades e puxa bastante por quem está na posição de comunicador. A minha estratégia tem sido, além de partilhar os factos, criar pontes com o público. É aqui que a experiência se nota, pois na hora conseguimos criar o enredo que nos permite conseguir passar eficazmente a mensagem e prender o público. Mas nunca é fácil conseguir criar na hora um elo com os elementos do público, de forma a criar mais interesse da sua parte.

Neste caso, e apesar de serem turmas diferentes de cursos diferentes, em dias diferentes e em locais diferentes (escola e pólo da escola), notei semelhanças, já que naquela região do país a ligação com a Natureza é maior, facto que se reflectiu no conhecimento dos alunos quando questionados sobre alguns pontos. Para mim é sempre uma aprendizagem que me valoriza mais, já que fico melhor preparado para passar a mensagem fundamental, a de quem temos de cuidar bem da nossa casa, o planeta Terra. Ter ajudado a hastear a bandeira da Eco-Escolas foi algo de novo para mim.

As próximas semanas não vão ser muito diferentes, pois terei mais duas palestras, uma em Lousada e outra num local muito especial que depois farei questão de aqui falar...




Fonte imagens: EPATV