É a primeira vez que elaboro um comentário semelhante ao da "carta aberta a...". O motivo é simples, há uma justificação para um comentário "blog aberto a...".
Como em todos os blogues que têm na sua génese o exercício pleno da cidadania, a determinada altura da sua actividade surge uma queixa sobre um qualquer comentário presente no mesmo. O azinheiragate não foi excepção, pois ao final de 5 anos surgiu uma queixa, na forma de queixa-crime, por suposta injúria e difamação. O comentário em causa data de Junho de 2012, embora a queixa tenha sido efectuada em Novembro do mesmo ano. O queixoso foi aquele que seria o mais provável, ou seja o autarca Paulo Morgado, de Alvaiázere.
Apenas em 2013, mais precisamente em Outubro, soube da queixa, muito embora já suspeitasse que havia uma queixa pendente. Como é que eu sabia? Simples, a 31 de Julho de 2013, já depois de ter sido convidado, como independente para uma lista das autárquicas (Alvaiázere), recebi uma chamada de quem me tinha convidado a informar que, afinal, eu teria de ser excluído da lista. Isto apenas a 3 dias da entrega das candidaturas (a papelada estava toda preenchida desde o início da segunda quinzena de Julho). A justificação foi apenas uma, a de alguns elementos da candidatura afirmarem que eu tinha problemas em tribunal com o autarca Paulo Morgado. Fiquei estupefacto, pois além de eu não saber nada, havia várias pessoas, estratégicas, que já o sabiam. Fiquei surpreendido por constatar que há um partido político que aceita ordens de outro. Não houve coragem para falar olhos nos olhos...
Logo ali fiquei a suspeitar que havia uma clara jogada política, que visaria o meu afastamento das autárquicas 2013 em Alvaiázere. Afinal eu era o adversário mais temido, ainda mais sabendo que desta vez a lista já daria hipóteses reais, o que em termos políticos seria um terramoto em Alvaiázere.
As semanas passaram até que, no início de Outubro recebi uma carta da Polícia Judiciária, a informar que tinha sido constituído arguido e que teria de prestar declarações. Confesso que em termos emocionais fiquei afectado, e logo por dois motivos. Senti um dejá vu, pois já era a segunda vez que o autarca Paulo Morgado tentava algo do género, tal como em 2008. Nessa altura estava a finalizar o mestrado e durante 3 meses a tese ficou em stand-by, pois a cabeça não aguentou a pressão. O segundo motivo era porque agora, em 2013, estava na fase final do doutoramento. Como muitos poderão compreender, não é fácil gerir situações como esta, no entanto hoje em dia o arcaboiço já é suficientemente forte para aguentar mais ataques. No entanto continuo a ser humano, tal como qualquer um de vós.
Ainda em Outubro fui prestar declarações, o que me possibilitou conhecer parte das instalações da Polícia Judiciária. É uma experiência engraçada, confesso.
Depois foi esperar uns meses até que veio a esperada comunicação, através de carta, na qual eu fui informado que o processo tinha sido arquivado. A justificação foi aquela que eu sempre defendi, a de o meu comentário estava nos limites da liberdade de expressão, devidamente fundamentada e sem intuito que não o do esclarecimento dos factos apontados.
Foi um momento tremendo, pois mais uma vez consegui dar uma lição de cidadania plena ao autarca Paulo Morgado. Não há ninguém imune à crítica e à confrontação dos factos meu caro!
Nunca tive dúvidas sobre qual o desfecho de mais uma situação peculiar. Naquele comentário, em especial, tive cuidado redobrado, pois sabia que era um tema tremendamente incómodo para o visado. Cheguei a pedir uma segunda opinião a uma pessoa de grande confiança e valor humano e profissional, daí estar perfeitamente à vontade com aquele comentário. No entanto a mesma pessoa cedo avisou que o mais normal era o visado ficar incomodado o suficiente para que pudesse surgir uma queixa. E assim foi.
Agora de uma forma mais directa, agradeço sinceramente ao autarca Paulo Morgado ter feito queixa sobre a minha pessoa, pois se é que havia dúvidas sobre a seriedade e honestidade daquele comentário, estas ficaram cabalmente esclarecidas. Caro Paulo Morgado, tens de te habituar à ideia de que, sendo autarca, estás sujeito ao escrutínio e à confrontação com os factos reais e objectivos, não és intocável. Sei que sou incisivo na crítica, honesta e construtiva, no entanto tens de te habituar à ideia que a cidadania é para ser exercida em todo o seu esplendor, gostes ou não, fiques incomodado ou não. A vida não são apenas aplausos, há também as críticas, as quais devem servir como ensinamento. Eu não tenho problemas com a crítica, pois é ela que me ensina e melhorar naqueles pontos que faltam aperfeiçoar. Na minha opinião tu tens problemas com a crítica e não consegues lidar com isso. Lembro-te que foste tu que cortaste relações com a minha pessoa, iniciando a fábula de uma suposta perseguição que nunca aconteceu. Tentaste apagar a minha marca em Alvaiázere, no entanto além de não teres conseguido, acabaste por, ironicamente, ampliar a mesma.
Não tens coragem de me confrontar, será por falta de argumentos? E sim, eu sei que sou o teu mais temido adversário político.
Não tens coragem de me confrontar, será por falta de argumentos? E sim, eu sei que sou o teu mais temido adversário político.
Penso que não mediste bem esta tua jogada, a qual apesar de legal e de aplaudir, revelou-se como um autêntico bluff. Ficaste mais uma vez vulnerável perante uma opinião pública cada vez mais informada. No que me toca, a minha posição ficou ainda mais forte e credível. Ao contrário de ti, que utilizas a questão pessoal para me atacar, eu fico-me pelos factos ligados à tua acção enquanto autarca, não vou em pieguices. Eu não tenho problemas contigo, tu é que tens problemas comigo.
Lembra-te apenas que todos os ataques políticos e pessoais de que fui alvo me fortaleceram. Além disso eu mantenho os pés bem assentes na terra, pois mesmo tendo chegado à imprensa nacional e inclusivamente televisão, nunca caí em vedetismos, como por vezes pode acontecer.
Na edição de Junho do Jornal O Alvaiazerense escrevi uma carta aberta à tua pessoa, pois este tema interessa em primeiro lugar aos alvaiazerenses. Agora escrevo-te do azinheiragate, pois foi este blog e a minha pessoa que visaste.
Para terminar, quero apenas comunicar-te que, caso voltes a referir que o meu exercício da cidadania se move numa lógica de perseguição e/ou vingança, terás à tua espera um processo por difamação e com direito a indemnização. Não o faço agora porque não vejo nenhuma necessidade disso, não sou conflituoso e porque não gosto de andar com peanuts nos tribunais.
No entanto o meu fair-play continuará, pois, para mim, uma crítica tua é um elogio! No entanto não penses que podes continuar a brincar com a minha vida, isso não irei tolerar mais. Não irei tolerar mais que brinques com a minha honra e com a minha dignidade profissional. Além disso não aprecio amuos nem birras.
Penso que, ao não exerceres o teu direito de resposta, na edição de Julho do Jornal O Alvaiazarense, admitiste finalmente a minha razão. Não tenhas problemas com isso, pois errar é humano.
No entanto o meu fair-play continuará, pois, para mim, uma crítica tua é um elogio! No entanto não penses que podes continuar a brincar com a minha vida, isso não irei tolerar mais. Não irei tolerar mais que brinques com a minha honra e com a minha dignidade profissional. Além disso não aprecio amuos nem birras.
Penso que, ao não exerceres o teu direito de resposta, na edição de Julho do Jornal O Alvaiazarense, admitiste finalmente a minha razão. Não tenhas problemas com isso, pois errar é humano.
Governa bem e terás os meus aplausos. Governa mal e terás a minha crítica. É simples e não custa entender.