tag:blogger.com,1999:blog-7821940975892075287.post3935829792155339418..comments2024-01-28T16:27:32.741+00:00Comments on www.azinheiragate.blogspot.com: O investimento que os geoparques trazem (complemento ao último post)João Paulo Fortehttp://www.blogger.com/profile/10792217695786119705noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-7821940975892075287.post-41095234515799564352008-04-10T16:12:00.000+01:002008-04-10T16:12:00.000+01:00Post-Scriptum:«Em certa ocasião, um rio da Noruega...Post-Scriptum:<BR/><BR/><BR/>«Em certa ocasião, um rio da Noruega foi condenado à destruição para que fosse construída uma grande hidroeléctrica. As margens do curso d’água seriam inundadas para que se fizesse o lago da barragem. Um nativo do povo Sami recusou-se, então, a sair do lugar. Quando, finalmente, foi preso por desobediência e retirado dali à força, ele não teve opção. Mais tarde a polícia perguntou-lhe por que se recusara a sair do rio. Sua resposta foi lacónica: <BR/><BR/>- "Este rio faz parte de mim mesmo".» <BR/><BR/>(in "A Vida Secreta da Natureza", C. Aveline)<BR/><BR/><BR/>Agradecido pela sugestão de leitura. Retribuo, na mesma moeda, com o seguinte livro: <BR/><BR/>"Ecologia Profunda - Dar Prioridade à Natureza na Nossa Vida", dos autores George Sessions e Bill Devall.<BR/><BR/>Garanto que vale a pena e assim o Dr. João Forte pode ter uma opinião bem mais completa, já que o que eu forneci foi uma migalha quando comparado com esta obra de referência internacional!<BR/><BR/><BR/>A.InácioAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7821940975892075287.post-68900036195280925252008-04-08T23:01:00.000+01:002008-04-08T23:01:00.000+01:00Caro AlexandreEsqueci de referir na última respost...Caro Alexandre<BR/><BR/>Esqueci de referir na última resposta algo de muito importante para poderes percepcionar no seu todo esta questão e de uma forma muito acessível. Na biblioteca de Alvaiázere está um livro chamado "Património Geológico e Geoconservação: a conservação da Natureza na sua vertente geológica" de José Brilha (é meio alaranjado e castanho). Garanto que vale a pena e assim podes ter uma opinião bem mais completa, já que o que eu forneci foi uma migalha quando comparado com esta obra de referência nacional!!<BR/>AbraçoJoão Paulo Fortehttps://www.blogger.com/profile/10792217695786119705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7821940975892075287.post-19116627906274474112008-04-08T22:31:00.000+01:002008-04-08T22:31:00.000+01:00Caro AlexandreAgradeço as palavras,as quais consid...Caro Alexandre<BR/><BR/>Agradeço as palavras,as quais considero não só pertinentes bem como uma motivação extra para continuar os meus intentos a bem desta região.<BR/><BR/>Queria apenas fazer umas notas importantes.<BR/>Mesmo já estando por dentro desta questão dos geoparques à dois anos, ainda tenho muito a aprender e há coisas que obviamente não referi.<BR/><BR/>As Terras de Sicó têm muitas coisas de valor que sustentem um geoparque, como eu disse, é algo transversal e o que interessa é obviamente a componente natural, mas não é tudo, esta região tem uma cultura muito valiosa, uma gastronomia brilhante e muito mais.<BR/>Relativamente às atracções geo-turísticas, refiro que esta região tem coisas que poucos conhecem, como é o caso dos emblemáticos Vale dos Poios, Buracas entre muito mais. Nos próximos posts vou revelar muitos destes locais. Há coisas que têm valor e que infelizmente não posso revelar, já que se descobrisse, rapidamente surgiria alguém a roubar...<BR/>O caso do Geoparque Naturtejo é indiscutívelmente um sucesso, mas não é só pelos valores que lá existem, já que o que fez com que fosse Geoparque foi a vontade e preserverança de algumas pessoas, é essa a diferença, valores tem muitos, mas não tantos como se pensa.... <BR/>As Terras de Sicó têm muitos que nem sequer se sabem!!<BR/><BR/>Não considero que esteja a ser partidarista, já que como disse apenas estou no início do explanar da ideia, convém salientar que a filosofia dos geoparques não é bem assim, quando algo corre mal eles podem ser retirados da rede europeia, não é ser e depois fica-se para sempre, por isso os impactos pode-se dizer que são "nulos"<BR/>Relativamente aos impactos e algo que eu estou a tratar e que não referi, é que no caso de alguns geossítios de valor mais elevado, a estratégia passa precisamente por não permitir o acesso ao público, por isso mais uma vez não há impactos. Desta forma considero que não errei, apenas ainda não tinha chegado a essa parte, não posso falar de como se constrói uma casa a partir do telhado, foi um risco que corri, mas não me arrependo!<BR/>Quando eu terminar a minha tese disponibilizarei a mesma a todos e o fruto do meu trabalho poderá ser utilizado e abusado de forma gratuita para se fazer algo de bonito pelas gentes da região!<BR/><BR/>Os geoparques são assim uma das últimas formas de preservar algo de muito valioso e que afinal nao vai de encontro às tendências antropocêntricas, uma visita virtual aos geoparques europeus confirmará isso. Posso até dizer que é uma forma sublime de mostrar aos políticos como é possível trazer o desemvolvimento a uma região sem a comprometer do ponto de vista ambiental e economico-social!<BR/>Os mesmos, pelo contrário visam instrumentalizar o homem e não a Natureza, mas de uma forma que este não se apercebe. As realidades dos diferentes países com geoparques são muito diferentes, em Portugal criar 3 ou 4 geoparques será uma das poucas soluções não só de salvar património, mas fundamentalmente para implementar modelos de desenvolvimento a regiões desfavorecidas de alguma forma. O Geoparque Naturtejo é um exemplo, o futuro de Arouca é outro (já estive em eventos em ambos e conheço todos os "actores principais" dos mesmos.<BR/><BR/>Fica a minha disponibilidade de um dia nos encontrarmos em Alvaiázere para mostrar alguns ´geossítios fabulosos, como é o caso dos Megalapiás da Mata, das várias pegadas de dinossáurios, e outros tesouros que convêm não divulgar para já!!João Paulo Fortehttps://www.blogger.com/profile/10792217695786119705noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7821940975892075287.post-49925037613159772142008-04-08T20:43:00.000+01:002008-04-08T20:43:00.000+01:00Caro Dr. João Forte:- Este será o meu último comen...Caro Dr. João Forte:<BR/><BR/><BR/>- Este será o meu último comentário.<BR/>Antes de mais, estou profundamente agradecido pela sua atenção, e pelas suas respostas às minhas impertinentes perguntas que, por certo, constituiram incómodo acrescido à sua vida pessoal e académica.<BR/><BR/>Estudei atentamente os "dossiers", os artigos, que me entregou, e muitos outros que lhes seguiram através de pesquisa minha.<BR/><BR/>Estudei o primeiro Geoparque português - Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional -, bem como um outro candidato a Geoparque em Arouca, local das famosas "pedras parideiras". Debrucei-me sobre o conceito de "Eco-turismo", sobre a recente filosofia do "Desenvolvimento Sustentável", e sobre todas as "pastas" que estão anexas a estes assuntos. Naturalmente, a "Ecologia" foi também aprofundada.<BR/><BR/>Assim, a minha humilde opinião é a tão somente uma opinião, sem diplomas ou viagens ao estrangeiro que a possam sustentar. Sou tão somente um leitor que "tropeçou" neste espaço, cujos conteúdos interpelaram a uma profunda reflexão pessoal e, inclusivamente, a uma mudança de paradigma na própria estrutura do pensar.<BR/><BR/>Independentemente de qualquer posição pessoal minha, e com a máxima neutralidade que me é possível, posso afirmar que o projecto, que pela sua tese de mestrado é defendido, é plausível, possível e viável. Não creio, contudo, que as Terras de Sicó tenham "atracções geo-turísticas" suficientes (em número e em qualidade) para a criação de um Geoparque equiparado ao do Naturtejo. Aliás, a candidatura das Terras de Sicó a Geoparque é significativamente mais frágil que a da Arouca. Apesar disto, e tal como o próprio Dr. defende na sua tese, as Terras de Sicó, não tendo valias suficientes para Geoparque, podem ter um projecto similar de menores dimensões.<BR/><BR/>Relativamente à própria filosofia dos Geoparques, cuja realidade vem na prossecução do Ecoturismo e do Desenvolvimento Sustentável - ambos em franca expansão a nível internacional-, posso mencionar que existe um debate e um não-consenso universal a respeito da matéria, devido aos impactos negativos que se têm observado, nomeadamente ao nível da flora, da fauna, dos solos, do ar, e dos próprios limites e contraproducências <BR/>económico-culturais para as populações locais.<BR/>Posso afirmar que este blogue é partidarista, pois ocultou os impactos negativos que um tal projecto comporta, apenas registando e enaltecendo os impactos positivos, sobretudo os que dizem respeito à população humana. Este procedimento é paradigmático de uma campanha política, e não de uma campanha desinteressada de informação técnica, científica e objectiva. <BR/>Se este blogue, e o seu autor, se comprometem a ser isentos, então é de exigência ética que, a par dos benefícios, sejam também descritos e aprofundados os impactos negativos, nomeadamente aqueles que ocorrerão devido ao pisoteio, devido ao barulho dos visitantes nos nichos da fauna autóctene, devido às estrutras que serão edificadas, o impacto na flora autóctene, a especulação imobiliária em torno do local, etc, etc.<BR/><BR/>Sendo verdade que comecei a comentar neste blogue com uma visão "moderada" do projecto, não posso deixar de referir, a título pessoal, a expressamente me dirigindo à pessoa do Dr. João Forte, que toda a minha perspectiva foi alterada no decurso na minha investigação e reflexão pessoais. <BR/>Comecei por considerar o Dr. João Forte como "radical". Não mais o considero como tal. Pelo contrário, a "Ecologia Superficial" (Naess, Arne) por si preconizada muito se afasta da "Ecologia Profunda" que eu, e o ecologista norueguês Arne Naess, entendemos como a necessária ecologia para a mudança de paradigma na, injustificavelmente, difícil relação entre os humanos e a natureza, e todas as espécies animais e florísticas que partilham o planeta Terra connosco, em regime de co-habitação e, desejavelmente, cooperação.<BR/><BR/>Projectos como os Geoparques visam a instrumentalização da natureza para os nossos interesses, interessando-lhes apenas a preservação do/pelo desenvolvimento humano e não propriamente a natureza em si. A ecologia superficial que o Dr. João Forte e os Geoparques defendem é uma atitude de tendência antropocêntrica, própria da cultura ocidental, que perpetua os séculos de dominação e exploração de recursos naturais para utilização do ser humano, paradigma que nos conduziu ao estado actual de futuro comprometido do planeta.<BR/><BR/>Sublinho que esta é uma opinião pessoal, cujos fundamentos podem ser facilmente lidos e compreendidos em artigos, dados observáveis, em investigações científicas (maioritariamente independentes), nos conhecimentos etno-culturais de civilizações antigas e tribos indígenas actuais, e, também, e de não menor importância, na nossa própria intuição (enquanto ser vivo proveniente da natureza, e dela ilegitimamente furtado).<BR/><BR/><BR/>Terminada a minha explanação, apresento os meus cumprimentos, com o vivo desejo que o Dr. João Forte considere as minhas palavras como incentivo à constante auto-reflexão que um cientista epistomologicamente e eticamente responsável deve cultivar. Lembro-lhe que muitos dos maiores cientistas que a humanidade conheceu, e que maior contributo lhe providenciaram, entre os quais Jean Piaget, Albert Einstein, Alfred Nobel, Sigmund Freud, apenas para nomear alguns, acompanhavam a sua actividade científica com uma profunda e constante reflexão etico-epistemologica das suas investigações, e do conhecimento em geral.<BR/><BR/><BR/>Saiba que lhe tenho muito apreço enquanto ser humano.<BR/><BR/><BR/><BR/>Alexandre Inácio<BR/>(ex-estudante de Biologia, ex-estudante de Ciências da Educação, operário da construção civil, residente em zona rural do concelho de Alvaiázere, observador, leitor)Anonymousnoreply@blogger.com