13.3.19

Vamos falar de compostagem, compostores comunitários e de poupança nos orçamentos municipais?


É cada vez mais um tema pertinente, também na região de Sicó. Falo, claro, da temática da compostagem e dos compostores. Para quem tem quintal e/ou galinhas, é uma questão que não é problemática, contudo, e para quem não tem, é um problema que acaba por se reflectir na despesa das próprias autarquias, já que os resíduos orgânicos representam ainda uma percentagem substancial dos resíduos que vão para aterro. E se pudéssemos virtualmente acabar com este problema, poupando problemas a jusante e poupando muito dinheiro aos orçamentos municipais?
O foco são os núcleos urbanos, onde os apartamentos e casas sem quintal predominam, casos da cidade de Pombal e das Vilas da região de Sicó. É ali que se concentra o problema e é ali que se pode resolver o problema. Mas vamos a contas. Assim por alto, é muito fácil qualquer um de nós produzir meia tonelada de resíduos orgânicos (restos de comida) por ano. Multipliquem isto por milhares de lares e façam as contas. Já perceberam a dimensão do problema?
Se o problema não for resolvido, isto significa que os nossos impostos continuarão a ser, em parte gastos, na recolha e no transporte destes resíduos para aterro, ou seja dezenas de milhares de euros por ano gastos em algo que era perfeitamente evitável. A solução? Simples, compostores, comunitários ou não, situados de forma estratégica em meio urbano. Cheira mal? Não, não cheira mal. Já vi sistemas deste género posicionados em pleno centro urbano, sem cheiros (no País Basco - imagem logo abaixo deste parágrafo). Todos os resíduos poderiam então ser reaproveitados, sendo utilizados como fertilizante em hortas.


"Ah, e tal, mas isso é uma chatice e eu não tenho espaço em casa", é a desculpa que, por vezes oiço, contudo resulta apenas de estereótipos. É fácil de resolver, vejam como eu faço. Basta um balde com tampa para guardar os restos de comida e, de 2 em dois dias levo para um terreno, onde enterro (centenas de minhocas fazem daquele terreno um bom local para a horta anual). Tudo isto sem cheiros. É a minha forma de resolver o problema tendo em conta que não há compostores. Já propús esta ideia em Ansião, já que é um dos núcleos urbanos onde colocar compostores faz todo o sentido. São centenas de apartamentos e casas que podem contribuir e, assim, mitigar um problema que não é menosprezável! Vamos transformar a nossa região também neste domínio? Vamos poupar o ambiente e a carteira?!

Sem comentários: